Bruxaria Tradicional Para Iniciantes

Na mais absoluta realidade, os bruxos ‘não wiccanos’, tradicionais só saíram do armário depois de Gardner, antes disso não precisaram levantar qualquer bandeira para chamar a atenção sobre si. Neste aspecto, Gardner foi fundamental, assim como havia sido Crowley, um âmbito mais amplo, social, mais do que religioso ou mágico. Bruxos nunca estiveram ligados a movimentos separatistas, quando passaram a se unir sob o rótulo “Bruxaria Tradicional” tiveram o propósito único de não deixar certas práticas regionais – culturais - morrerem. ‘Bruxos’ nunca se uniram para cair na armadilha de ‘destruir a oposição’, que faz nada mais do que afirmar seus valores.

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30 de maio de 2011

Claudio Crow Quintino

 





Escritor, autor de “O Livro da Mitologia Celta” (2002) e “A Religião da Grande Deusa” (2000), Claudio Quintino Crow é um dos maiores especialistas em Espiritualidade Celta no Brasil, tendo seu trabalho reconhecido academicamente no Brasil e também no exterior. - Site Skoob.








Nome Civil: Claudio Quintino
Idade: 42
Nome Pagão: Claudio Quintino ‘Crow

Todos os Clãs - Como é ser Claudio Crow?
Crow - Claudio Quintino Crow:  É ser pai, filho, namorado, amigo, funcionário, músico, pesquisador, aluno, instrutor... como qualquer outra pessoa, mas com uma busca incansável pela percepção do sagrado em tudo isso.
Todos os Clãs - O que te inspira a escrever?
Crow - Aprender. Sempre que recebo algum conhecimento, preciso processar e expressar - mesmo que só para mim, às vezes.
Todos os Clãs - Você como escritor, como contaria a “Infância de Claudio Quintino Crow”
Crow -  como uma infância absolutamente normal, em que a curiosidade e ousadia de todas as crianças foi incentivada por um pai muito culto e uma mãe professora. Com eles, aprendi a aprender - o que facilitou muito o desenvolvimento do Claudio pesquisador - eles lançaram a semente, despertaram o buscador em mim; a eles sou eternamente grato por isso.
Todos os Clãs - Na época que você estudava você fez muitos amigos? E esses te acompanham ate hoje?
Crow - Tenho um círculo de amigos muito íntimos que já conta quase três décadas de convívio intenso e constante. Considero-me um privilegiado, pois essas amizades me deram uma baliza perfeita para identificar o que é uma amizade profunda, autêntica e verdadeira de outras que tendem ao passageiro e ao superficial. Nada contra, pois a vida é feita de todas elas: mas é muito importante sermos capazes de identificar os diferentes níveis de associação para evitarmos expectativas excessivas e as inevitáveis decepções.
Todos os Clãs - Fora a vida “Social Pagã” como é ter uma vida normal?
Crow -  Vida “normal”? Se alguém diferencia a vida espiritual da vida quotidiana é porque não entendeu o que é espiritualidade.
Todos os Clãs - As pessoas te buscam por motivos corriqueiros como, Amor, Prosperidade..:
Crow - Já houve quem o fizesse, já houve quem viesse a mim atrás de ‘poder’ - ou melhor, de ilusões de poder relacionadas ao material, ao emocional, ao espiritual... Mas quem fazia isso inevitavelmente saía frustrado, porque não creio na magia como algo externo, como um processo que possa ser delegado a terceiros: ou você segue seu próprio caminho com suas próprias pernas, ou está parado, sendo enganado e enganando a si mesmo.
Todos os Clãs - Como é ser um Pai Druida, a educação de seus filhos é melhor pelo fato de você viver sob as bases de uma pratica que respeita “o Outro” e respeita a natureza?
Crow - Em primeiro lugar, eu evitaria usar o rótulo ‘druida’ ou qualquer outro: afinal, muito do que creio e tento transmitir é encontrado também em outras filosofias e espiritualidades, sem fronteiras nem limites. Isto posto, é bom dizer que não há como definir se essa educação é ‘melhor’ ou ‘pior’: mas é evidente que os princípios e valores que transmito a minha filha estão alinhados a uma “nova velha percepção” do que seja a vida, do que seja a coletividade, do que seja a natureza, de qual seja a importância de compreendermos e trabalharmos as diversas relações e conexões que estabelecemos com o mundo em que vivemos - seja com outras pessoas ou criaturas, seja com a sociedade de que fazemos parte, seja com as ideias e a natureza de nosso trabalho...
Todos os Clãs - Você já escreveu um livro, já teve filho e é provável que já tenha plantado uma arvore... Segundo o ditado popular japonês isso é tudo o que o homem precisa pra ser completo, ao ser ver isso é certo, ou falta alguma coisa nessa lista?
Crow - Já escrevi dois livros, tenho uma filha linda e já plantei incontáveis árvores... São contribuições, legados que deixamos ao mundo em nossa existência. Os livros são ideias e conceitos, as árvores são estruturas e eixos, os filhos... os filhos são a principal forma de mostrarmos nosso apreço pelos deuses, pela Vida com V maiúsculo. Gerar um filho é o ato que mais nos aproxima dos deuses, pois é a Vida que flui através de nós e ultrapassa os limites de nossa própria identidade. É algo tão grandioso em sua naturalidade que é impossível por em palavras. Mas de nada adianta escrever um livro, plantar uma árvore ou ter um filho se não se toma consciência dos processos envolvidos, desde as motivações primordiais até as possíveis conseqüências de cada um desses gestos. Portanto, faça o que for, mas faça-o com consciência. Esta é a chave.
Todos os Clãs - O que um Druida faz, pratica [costumes]?:
Crow - Melhor seria perguntar a um deles! Hoje há tantas e tão diversas correntes que se denominam druídicas que seria irresponsável responder - seria somente o meu ponto de vista.
Todos os Clãs - Você já sofreu preconceito por ser o que você é? [comenta :D] como proceder em casos assim?
Crow - Só sofre preconceito quem se põe de fora da sociedade em que vive, quem se mostra deliberadamente diferente, quem carrega bandeiras ou ostenta rótulos sem levar em consideração a sensibilidade coletiva. Jamais tive esse tipo de problema. Ter sido músico na adolescência, em meados da década de 1980 me ajudou muito a entender isso: por ser cabeludo numa época em que quase nenhum rapaz usava cabelos longos, encontrava algum preconceito em situações profissionais, mas percebi que uma postura coerente e civilizada - no sentido real, de ser coerente com os valores e princípios da sociedade a qual pertencemos - logo dissipava qualquer preconceito inicial. Isso me fez perceber que o apego excessivo a uma postura externa, a um título ou rótulo pode, sim gerar preconceito e discriminação - e isso se aplica não só às espiritualidade,s mas a qualquer área da vida.
Todos os Clãs – Como é esta na Irlanda e Grã-Bretanha?
Crow - As ilhas britânicas eram um sonho antigo, que eu acalentava desde a adolescência. Ter tido a chance de visitar aquelas terras por duas oportunidades foi algo sem dúvida mágico, mas ajudou a desenvolver uma percepção mais profunda de mim mesmo, de quem sou e do que eu realmente buscava naquelas terras. Esse foi o elemento mais transformador: olhar para as paisagens irlandesas e nelas enxergar o espelho que, pouco a pouco, revelou-me quem eu era e o que eu queria.
Todos os Clãs - Há nove anos você lançou um livro, tem previsão de quando sai outro?:
Crow - A dinâmica da vida de pai e um certo desconforto com o engessamento de ideias que um livro causa não me permitem pensar, ao menos por hora, em lançar outro livro.
Todos os Clãs - Como foi escrever o “A Religião da Grande Deusa”.
Crow - Foi curioso: àquela altura (estamos falando de 2000) eu já tinha mais de dez anos de pesquisas e práticas de espiritualidades alternativas, e sentia que havia uma imensa carência de informação sólida: a matriz intelectual dos primeiros anos do paganismo do Brasil era norte-americana e nem sempre muito bem informada, havia muita mistificação e desinformação. Isso me levou a pesquisar muito, e o resultado foram as minhas primeiras palestras - apresentadas na época de ouro da Alemdalenda como centro de cultura pagã, na primeira metade da década de 1990. Minhas palestras me levaram a ser convidado pela saudosa e genial Heloisa Galves - sem dúvida o nome mais importante do neo-paganismo brasileiro - a me convidar primeiro a traduzir alguns livros (eu já trabalhava profissionalmente como tradutor) e depois a lançar um livro com as informações que eu compilara em minhas pesquisas e palestras. O resultado foi um livro que se chamava “Raízes e Sementes: origens e filosofia do paganismo moderno”. Mas a editora rejeitou o título, temendo que com esse nome ele fosse parar nas prateleiras de botânica e jardinagem das livrarias... o título que eles escolheram foi “A Religião da Grande Deusa” - um título que, a meu ver, não reflete o conteúdo do livro.
Todos os Clãs - Em 2000 houve um grande “BUUUM” com relação a Wicca e Espiritualidade Pagã... muita gente começou a falar em nome da Deusa... Como você vê o movimento hoje?
Crow - Estou bastante afastado, por uma série de motivos. Mas vejo um amadurecimento lento e progressivo das ideias e conceitos pagãos por aqui, cada vez mais projetando uma filosofia real de vida e cada vez menos preocupada com rótulos, títulos, linhagens, adereços e instrumentos. Bom sinal.
Todos os Clãs - O que você acha que causou esse sensacionalismo?
Crow - Não usaria a palavra sensacionalismo. O que eu vi foi o deslumbre com ideias potencialmente revolucionárias - reintegração do universo humano à natureza, revalorização do Feminino na espiritualidade e assim por diante. Mas é como eu disse ao responder sobre as motivações que me levaram a escrever meu primeiro livro: havia muita mistificação e falta de embasamento histórico. Esse quadro está mudando, ainda bem.
Todos os Clãs - Como “O Livro da Mitologia Celta” afetou o meio pagão pela sua ótica?
Crow - Honestamente, não saberia responder. Sei que até hoje recebo muito feedback positivo para esse livro, creio que por conta da abordagem prática que ele propõe ao se trabalhar os mitos e lendas celtas. Prática não no sentido de oferecer os já malhados “receituários” para ritos e encantamentos, mas sim por propor uma reflexão individual acerca dos símbolos e mensagens presentes nas narrativas mitológicas, no simbolismo dos elementos que compõem essas narrativas, nas características individuais de deidades e figuras míticas neles presentes. Claro, houve críticas também: houve quem dissesse que minha abordagem dessacralizava os mitos, tornando-os muito próximos - ranço judaico-cristão, sem dúvida. E também aqueles que disseram que meu livro era por demais acadêmico em sua abordagem. Acolho muito bem essas duas críticas, eram esses mesmos os meus objetivos (risos).
Todos os Clãs - Como foi fazer “O Livro da Mitologia Celta”?:
Crow - Um enorme prazer e um enorme desafio. Muitas pesquisas, muitas noites sem dormir, e uma necessidade enorme de manter o foco dentro da estrutura pré-estabelecida. Porque a sequência dos capítulos não é mero acaso, cada um deles está onde está por um motivo específico: a leitura do livro na ordem proposta é como uma jornada, uma viagem iniciatíca pelos mitos e lendas celtas, mas principalmente pela estrada mítica que pode nos conduzir ao interior de nós mesmos, à nossa essência mais profunda, dentro de um enfoque celta.
Todos os Clãs - Teve algum momento que você se questionou, ou questionou sua fé durante esses anos?
Crow - Faço isso diariamente. Ajuda a manter a sanidade, a eliminar arestas, a deixar para trás o que não serve mais, a abrir espaço para a progressão.
Todos os Clãs - Poderia nos ensinar algumas coisas dessa grande cultura?
Crow - O legado dos celtas para nossos tempos é muito vasto e amplo, e mais ainda: é muito válido: escolha você, leitor, qual a sua maior necessidade: estabelecer uma relação mais harmoniosa com o mundo em que vive? Resgatar a criatividade artística de seu interior? Compreender melhor a ciclicidade do tempo e da vida? Entender maneiras de reavaliar o papel da mulher e do feminino em nossa cultura? Tudo isso e muito mais a cultura celta nos propõe...
Todos os Clãs - O que é necessário para seguir o Caminho Druídico hoje?
Crow - Vamos diferenciar “ o caminho druídico” do “caminho celta”. Por que? Porque muitas correntes espirituais que se denominam druídicas hoje são cristãs, por exemplo. Nada de errado, levando-se em conta o inegável desenvolvimento histórico da cultura celta. Da mesma forma, há correntes cristãs hoje que bebem diretamente na fonte filosófica celta, ou seja: os caminhos se entrelaçam e se misturam de forma semelhante aos famosos entrelaçados da arte celta tradicional. No fundo, pouco importa se alguém se diz celta, cristão celta ou druida: o que realmente importa é se essa pessoa se identifica com os valores culturais e filosóficos que são, em sua origem, celtas. E quais são esses valores? Tanto em sua fase pré-cristã quanto após a adoção do cristianismo, a Alma Celta perserva sua essência: a valorização da palavra como fonte de poder (pela poesia, pelo encantamento, pelo juramento, pela maldição); a rejeição da linearidade (tanto do tempo quanto do espaço), a íntima proximidade das forças da natureza personificadas nos deuses e heróis, a sacralidade da paisagem... todas essas características são encontradas nos textos e ensinamentos irlandeses tanto de antes quanto de depois da chegada do cristianismo. É dessa essência, dessas características fundamentais da Alma Celta que estou atrás - não me importa se elas surgem na matriz pagã ou pré-cristã.
Todos os Clãs - No seu site você diz “Os deuses vivem através de nossas vidas” poderia falar sobre?:
Crow - Os deuses, em última análise, são as personificações das grandes forças da natureza: tanto as forças da natureza externa, da paisagem - o tempo, o fogo, o vento, a fertilidade da terra, etc. - quanto as forças da nossa natureza individual: as emoções, a criatividade, a luta, a sexualidade. Durante nossas vidas, no dia-a-dia mesmo, vivenciamos essas forças internas e externas com muito mais freqüência do que a maioria de nós percebe: diariamente, nossas ações nos conduzem pelos domínios dos deuses e deusas do amor, da guerra, da morte, da paixão, da cura. Basta abrirmos os olhos e eles estarão ali, ao nosso lado, dentro de nós.
Todos os Clãs – Como é aprender com John Matthews?
Crow - John é antes de mais nada um grande amigo, alguém com quem estabeleci uma cumplicidade que vai além dos estudos de espiritualidade e treinamentos xamânicos. Isso tornou a experiência toda mais fácil e muito enriquecedora. Ao mesmo tempo, ele é bastante exigente, propondo muita reflexão e questionamento em suas conversas. O mesmo vale para a Emma Restall Orr. Tanto o John quanto a Emma foram capazes de produzir aquele momento mágico de questionamentos internos muito profundos que geram a quebra de nossas crenças e valores íntimos e que só assim permitem o desenvolvimento de um aprendizado verdadeiramente transformador. Antes de mais nada, tanto o John quanto a Emma se tornaram almas amigas, com quem mantenho contato constante há anos.
Todos os Clãs - Você fez muitas Traduções durante sua Vida, inclusive o Livro “Aradia o Evangelho das Bruxas” como é traduzir um dos livros mais famosos da Bruxaria, um livro que inspirou tantas tradições Inclusive as mais tradicionais como a Wicca Gardneriana...?
Crow - Aradia é uma interessante obra, típica da virada do Século XIX para o XX. Apresenta-se como uma compilação de “textos perdidos” mantidos em segredo desde tempos imemoriais, exatamente como a bora de Gardner e também de Crowley. Todos esses textos refletem o universo do ocultismo do fim do século, obcecado por linhagens hereditárias que, supostamente, validavam seu conteúdo. Mais do que isso, refletem também os anseios conscientes e inconscientes de uma sociedade em transformação: tanto o movimento literário conhecido como “Romantismo” quanto essas e outras obras de natureza espiritual revelam-se como respostas, reações ao crescente processo de urbanização e industrialização do mundo. Eram tentativas (conscientes ou não) de se manter vivo o apreço pelos valores campesinos, pela vida em contato com a natureza, pelos espíritos vivos dessa natureza que, criam os autores da época, eram a tônica das sociedades primitivas da Europa pré-romana. Até que ponto o que essas obras apresentam é historicamente comprovável é matéria para longos debates, mas no fundo não é isso que interessa: o que realmente importa é que elas surgem como uma tentativa de se criar uma alternativa ao modo de vida que começava a se descortinar pelo mundo ocidental - e que, hoje sabemos, traz mais problemas do que soluções.
Todos os Clãs - Claudio pra finalizar conta pra gente seus planos para o futuro, projetos, cursos, formas de entrar em contato com você...
Crow - Planos para o futuro? Não os faço! Prefiro ficar de olho no horizonte, para tentar vislumbrar o que está por vir, com a certeza de que há sempre uma saudável alternância entre períodos de expansão e reclusão, atividade e passividade, semeadura e colheita... compreender a ciclicidade do tempo nos deixa mais flexíveis quanto a planos, pois assim como para o agricultor basta uma geada ou uma estiagem para por tudo a perder, também em nossas vidas basta um pequeno evento para mudar a direção de nossos passos...
Mas deixando de lado a resposta mais filosófica (não que ela não seja válida!) e falando em termos práticos, passei quase dois anos em um “período sabático” - algo que faço de tempos em tempos para reavaliar minhas crenças e valores, meu trabalho e minha vida pessoal. Foi também um período de extensas pesquisas em diversas áreas, e o resultado é o surgimento de um novo curso, que se inicia agora em junho, chamado “Alma Celta: uma Jornada ao Sagrado”. Esse curso é fruto das minhas experiências pessoais e de minhas pesquisas, e tem por objetivo entender como o Sagrado, dentro de um ponto de vista celta, não aceita fronteiras nem rótulos, ultrapassando os limites geográficos, culturais e cronológicos. Apresentei recentemente uma prévia desse estudo na forma de uma palestra no 5o. Simpósio Sulamericano de Estudos Irlandeses, e a julgar pelo feedback que recebi, a coisa promete! Maiores informações sobre meu trabalho - bem como sobre cultura celta e irlandesa - podem ser obtidas em meu website: www.claudiocrow.com.br, e também em meu blog: blog.claudiocrow.com.br. Esses, aliás, são os melhores canais para os que desejam entrar em contato comigo.
Espero que esteja a contento, e desejo sucesso na reativação da proposta de “Todos os Clãs”!

Abraços,
Claudio Quintino Crow

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